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Lie to Me – Sexto Episódio

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Tempo de leitura: 4 min.

Não Cause Danos (Do No Harm)

Assim como em outros episódios da série, existem muitos aspectos que mereceriam comentários mais aprofundados sobre as emoções. Como os temas, por vezes,  se repetem, vamos abordar alguns e deixar outros para os próximos artigos.

Não fique muito preocupado com a quantidade de informação que cada um dos episódios traz. Se você é interessado no tema, aos poucos irá estudando e entendendo melhor cada um desses aspectos ligados à interpretação da linguagem corporal.

Emoções básicas

Um dos temas que passa de relance no episódio, mas que possui  relevância científica é o fato de da equipe de Lightman trabalhar com o que se conhece como emoções básicas. Na verdade, existem inúmeras teorias sobre emoções. Uma dessas abordagens, que é defendida pelo Dr. Paul Ekman, consiste em elencar algumas emoções que seriam “básicas”, compartilhadas por todos os seres humanos, independentemente de sua cultura.

o Dr. Ekman defende que esse pequeno elenco de emoções [ (a) alegria, (b) raiva, (c) surpresa, (d) tristeza, (e) medo e (f) nojo] são emoções muito primitivas e diretamente ligadas ao nosso Sistema Nervoso Autônomo. A partir dessa primeira lista o Dr. Ekman acrescentou o desprezo, diferencinado-o do nojo.  Veja como, mesmo em faces mecânica, conseguimos reconhecer as emoções. Desenvolvemos melhor esse tema em um artigo intitulado “Existem Emoções Básicas?”, que você poderá ver, utilizando o link da figura abaixo.

Emoções

Além disso, o Dr. Ekman defende que essas emoções básicas seriam universais. Apesar de existirem muitos indícios que sugerem a veracidade da afirmação, isso ainda não foi cientificamente comprovado e é muito improvável que o seja no futuro próximo, devido às dificuldades metodológicas e práticas para realizar tal demonstração (saiba mais).

Quase todos os episódios da série Lie to Me exploram uma característica das emoções básicas e das micro-expressões a elas associadas: sua relação direta com a ativação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAS).

A micro-expressão é produzida nesse contexto. Sua lógica é de que há uma reação imediata do SNAS quando sentimos algo e, antes de podermos controlar de forma consciente, algum movimento muscular ou os demais indicadores do SNAS aparecem. A esse respeito escrevemos um artigo intitulado “Não Existe um Único e Definitivo Sinal da Mentira” no qual explicamos essas reações do sistema nervoso.

Uma das cautelas que devemos ter em relação ao conteúdo da série é realizar uma correta interpretação dos indicadores não verbais.

É possível que,  por carência de tempo nos episódios e para dar um efeito mais dramático, algumas conclusões sejam construídas com base em um único movimento. Seria bem mais fácil se isso fosse verdade no mundo real, mas não é.

Tirar conclusões apressadas pode iniciar uma grande confusão quando o tema é interpretação da linguagem corporal.

Você deve explicar o que está interpretando na hora da observação?

Uma coisa que parece estranha na série são as explicações da Dra. Gilian Foster.

Nenhum profissional explica o que está interpretando, quais são os seus critérios e qual a conclusão durante a observação e para o próprio sujeito.

Creio que essa foi a maneira que os produtores encontraram para mostrar que a base do seriado é científica e tentar prestar alguma informação aos telespectadores.

Tenha em mente que, no mundo real, quanto menos pessoas souberem que você possui habilidades em interpretar a linguagem corporal melhor será a sua interação com elas. A questão é que ao saberem que estão sendo observadas por alguém (nem precisa ser por especialista), as pessoas podem ficar “nervosas” e alguns comportamentos podem se alterar, parecendo mentira, incômodo e artificialidade, por exemplo.

Sucção dos lábios e o desejo de falar

O elemento que desejo analisar com mais detalhes hoje é a unidade de ação 28 (sucção dos lábios). Essa expressão costuma aparecer quando a pessoa tenta realizar um “controle” sobre algo que sabe e que, por algum motivo, entende que não deve contar.

Veja as fotos abaixo:

Foto 1 Foto 2

 

As fotos 1 e 2 são as mais clássicas. O que se nota é a sucção dos lábios para dentro da boca. Na foto 2, temos uma pequena variação que consiste na sucção do lábio superior. Normalmente, você verá muitas expressões como essas procurando fotos de atletas pegos em “doping”, fotos de tribunal etc (observe os microfones na foto 2).

Na interpretação das micro-expressões é muito difícil que ocorra a expressão clássica. Na vida real as emoções ocorrem juntas, sobrepostas ou se sucedem com muita rapidez.

Observe as fotos abaixo:

Foto 3 Foto 4

 

George Bush aparece sugando os lábios e pressionando a língua. Bom, essa personagem falou muitas mentiras….. Na foto 4, podemos observar a sobreposição de emoções. Veja como ocorre a sucção dos lábios (provavelmente a foto foi tirada em uma situação de depoimento) sobreposta com raiva. Toda a parte inferior da face está contraída. Aperto forte do Orbicular da Boca, do Mento, Risório e, na parte superior ocorre a  contração da pálpebra inferior, do Prócero, dos Corrugadores do Supercílio (indicadores inequívocos de raiva). Apesar de todo esse “aperto” na parte inferior da face, observe que ocorre a sucção dos lábios.

Lembre-se: quando uma pessoa suga os lábios pode ser que não esteja querendo falar. No entanto, é igualmente importante recordar que você deve evitar tirar conclusões a partir de poucos indicadores não verbais. Portanto, não proceda exatamente como vê os atores fazendo no seriado!

Siga acompanhando nossas análises.

 


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Como citar este artigo?

Formato Documento Eletrônico (ABNT)

. Lie to Me – Sexto Episódio. Instituto Brasileiro de Linguagem Emocional. Disponível em < https://ibralc.com.br/lie-to-me-sexto-episodio/> . Acesso em 28 Mar 2024.

Formato Documento Eletrônico (APA)

. (). Lie to Me – Sexto Episódio. Instituto Brasileiro de Linguagem Emocional. Recuperado em 28 Mar 2024, de https://ibralc.com.br/lie-to-me-sexto-episodio/.

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21 comentários em “Lie to Me – Sexto Episódio”

  1. BOA NOITE,

    ESTOU BASTANTE INTERESSADA NO ESTUDO E GOSTARIA DE SABER SE VOCES NÃO OFERECEM CURSOS ONLINE, POIS NÃO TENHO COMO FAZER PRESENCIAL…

    OBGDA.

    1. Olá ILLA!

      Atualmente só dispomos de cursos presenciais…no entanto, estamos trabalhando em uma plataforma de curso online, mas sem previsão de lançamento.

      Atenciosamente,

      Edinaldo Oliveira

  2. Olá
    Pessoal, tô com minha cabeça uma pilha rs…isso aqui é um poço de informações!!!
    Tem que ter turma do curso em curitiba…
    isso é uma arte ,concerteza! 
    grande abraço aos irmãos

  3. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

    Dr. Sérgio,
    Estive hoje “filosofando” no meu horário de almoço (não sei se isso é bom rsrs).
    Citando superficialmente alguns pontos:
    1. Conforme falei em outro tópico, sobre usuários de drogas, o que foi abordado no seriado, e um pouco discutido aqui, é o fato de que algumas drogas dificutariam a percepção de linguagens faciais (emoções especificamente, apesar de ter sido citado que dificulta a percepção como um todo), o que foi abordado no episódio, é que estes usuários de drogas percebem mais facilmente expressões de nojo e desprezo, pois são as expressões que eles mais estariam familiarizados, por conta de todo o contexto que as drogas trazem (provavelmente repulsa por outras pessoas e dos próprios usuários que eventualmente possam estar junto dele);
    2. Dr. Ekman cita que a “alegria traz alegria”, ao sorrir nos sentimos melhor e tornamos melhor quem está a nossa volta, pois tendemos a copiar as expressões, ele fala muito do sorriso em seus livros;
    3. Não lembro se foi Dr. Ekman também que citou, que ao expressar excessivamente determinada expressão, tendemos a “moldar” nosso rosto a ela, por exemplo, pessoas tristes, tendem a ter expressões de tristeza, mesmo não estando com este estado emocional no momento.
    Dito isto, vou adentrar no ponto que “filosofei”.
    Observei duas pessoas que me chamaram a atenção:
    1. No mercado, observei uma atendente de caixa com expressão facial de tristeza (e não era leve), pensei que tinha tido algum problema, e estava atendendo por obrigação….ok…deixei passar. Outro dia, notei que a mesma atendente estava com a mesma expressão, comecei a estranhar. Enfim, outro dia a vi sorrindo, entretanto, mesmo sorrindo, a mesma não perdeu totalmente a expressão de tristeza… isso me fez pensar no que citei nos pontos 2 e 3, principalmente 3;
    2. Já outro dia no shopping, percebi um adolescente (rapaz – por volta de 17 anos), conversando com outra adolescente (menina – por volta também dos 17 anos), e notei expressões faciais de nojo e desprezo em sua conversa. Até aí tudo bem, mas o fato começou a me chamar a atenção devido a ele sempre utilizar esta expressão -ora nojo, e algumas vezes desprezo – como se fosse próprio já de seu jeito de falar, até porque dificilmente, pela demora da conversa, ele iria puxar assuntos que sempre fizessem ele expressar tais sentimentos (inclusive em momentos da conversa ele ria). Isso me lembra o ponto 1 principalmente e o ponto 2. Entretanto, fragmentos de conversas escutadas (eu sei que é feio, e talvez esteja julgando precipitadamente, mas estou aqui só levantando uma hipótese rsrsr), levei a acreditar que o rapaz seja homosexual, e que ao longo da sua vida, devido à dificuldades impostas pela sociedade, e talvez até sua família, ele terminou “absorvendo” essa expressão à sua forma de se comunicar, assim como a colega do caixa do supermercado traz consigo uma face de tristeza (talvez se pudessemos investigar sua história, descobririamos algum episódio que tenha despertado isso, ou até mesmo ela sofra de depressão, nunca terei como saber, só especular).
    Juntando tudo, poderia me dizer qual seu ponto de vista sobre esse assunto?
    Mais uma vez obrigado. E espero não ter falado nada que ofenda alguém, não foi a intenção.
    Edinaldo Junior

    1. Olá Edinaldo, obrigado por mais esse comentário.

      Vou dividir a resposta em duas partes. A primeira segue abaixo.

      Suas observações estão corretas e coerentes com o descrito na literatura científica.

      Nossos músculos faciais não são diferentes de outros músculos esqueléticos que nos proporcionam os movimentos.

      No entanto, diferentemente de quando malhamos em uma academia, são nossas emoções que vão “malhando” nossos músculos faciais.

      Por esse motivo, devemos ter cuidado ao tirarmos conclusões a partir de posições ou rugas estáticas, pois esses indicadores são influenciados por emoções passadas que as pessoas já podem ter superado.

      Isso ocorre com frequência com o músculo depressor do ângulo da boca que produz o “bigode chinês” que é um encurvamento da boca para baixo que dá a impressão de tristeza.

      Por isso, não podemos (e não devemos) utilizar-nos exclusivamente da linguagem corporal para fazermos análises. O analista precisa ser muito perspicaz e cuidadoso. Daí você começa a entender as minhas reservas sobre esse literatura de auto-ajuda que aborda o tema como se fosse uma “mágica” o que vende essas idéias como uma receita de bolo.

      Um abraço
      Sergio Senna

    2. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

      Dr. Sergio,

      Resgatando o tema…esse final de semana, numa festa, percebi que uma pessoa geralmente fazia expressões de nojo ao falar, assim como o rapaz do shopping, citado anteriormente.

      Em conversas, teve um momento que ela soltou que já tomou rivotril e outra medicação, devido a uns problemas que ela não quis comentar.

      Considerando a medicação, levo a acreditar que a “face” mais vista por esta pessoa, em algum dado momento da sua vida, poderia ser a de nojo, e por isso ela tendeu a “copiar” tal expressão…

      Foi boa a experiência, pois percebi as expressões frequentes e quando descobri a medicação que ela já tomou, que existiu um “problema” e soube que na escola (segundo grau) ela era tida como “patinho feio” na sala/colégio.

      Abraços,

      Edinaldo

    1. Prezado Edinaldo, boa observação.

      É necessário lembrar que nossas emoções ocorrem mescladas entre si. Dificilmente, na vida real, uma face aparenta uma só emoção.

      No entanto, a foto da forma como está não oferece detalhes suficientes para uma análise precisa. O vídeo será uma fonte bem melhor.

      Saudações
      Sergio Senna

  4. !Bom dia Edinaldo 
    …Olhei a foto e estive pensando 
    Naquela foto eu observei apenas a raiva marcada pelo apertamento da boca e o olhar baixo para não fuzilar quem deu a notícia e parecer uma “boa “perdedora
    Não há sinais de tristeza e nem de desprezo nessa foto
    …Entretanto 
    !Em outras fotos percebe-se sinais de tristeza na participante do reality 
    Abs
    Taís

    1. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

      Tais,

      Eu vejo o olhar como de vergonha…afinal, ela é uma perdedora naquele momento. Vamos aguardar, ver se aparecem mais dicas…

      Abraços,

      Edinaldo

    2. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

      Tais,

      Observe as duas pessoas próximas do Ricardo Teixeira, veja o olhar para baixo e o outro com a mão na cabeça…provavelmente desconforto (um pouco de vergonha talvez, pela situação do Ricardo Teixeira confrontar o jornalista…lembra um pouco o olhar do post anterior…

      Foto: http://imageshack.us/photo/my-images/838/ricardox.jpg

      Reportagem: http://esporte.ig.com.br/futebol/ricardo+teixeira+se+irrita+com+jornalistas+ingleses+em+evento/n1597107248258.html

      Ricardo Teixeira sem comentários…rsrsr raiva pura!

      Abraços,

      Edinaldo Junior

  5. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

    Pessoal,

    Mais uma foto sobre o tema:

    Tamanho pequeno: http://imageshack.us/photo/my-images/36/afazenda.jpg

    Tamanho ampliado (queda na qualidade, mas dá para ver): http://imageshack.us/photo/my-images/59/afazendaok.jpg/

    Notícia: http://click.uol.com.br/?rf=home-verticalI-duas-Fotos1&u=http://televisao.uol.com.br/a-fazenda/4/mauricio-stycer/2011/07/29/em-dia-de-eliminacao-fazenda-derrapa-e-enche-linguica-para-o-tempo-passar.jhtm

    O que acho… = Queria falar algo, Raiva e um pouco de decepção/vergonha ???

    Sugestões??

    Abraços,

    Edinaldo

    1. Olá Edinaldo e Taís.

      Estive vendo o vídeo da eliminação e não consegui encontrar o momento em que ocorre essa expressão. O vídeo que estava disponível no Youtube não era completo, então pode ser que a expressão tenha ocorrido antes, uma vez que a Renata estava vestida com a mesma roupa que aparece na foto.

      De qualquer forma, a pior forma de realizar uma análise e a melhor para cometer equívocos é tirar conclusões por meio de fotos, principalmente aquelas das quais não dispomos do contexto específico em que foi tirada.

      Explico aos meus alunos que não há muito valor em simplesmente saber qual é a emoção que alguém está sentindo. O que nos importa, por um lado é o que a pessoa vai fazer com essas emoções, por outro influenciar a pessoa no contexto das emoções que experimenta.

      Prossigamos com o nosso debate!
      Obrigado pelas participações.

      Saudações
      Sergio Senna

      1. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

        Exato…as vezes boto a foto mais pela expressão (o que foi o caso) pertinente com o post, mais só para analisar a “careta” rsrs.

  6. Sobre a foto que o colega acima comentou… eu acho que a tensão nos olhos da pessoa, o que representaria o medo observado, é uma tensão de raiva!

    Ali, o avaliado pode ter recebido uma pergunta “impertinente” e aí, então, houve o mix raiva e não quero falar!

    Então, Sérgio, qual a sua opinião?

    Abraços!

    1. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

      Tais,

      Também pensei em raiva, mas achei o olhar dele meio que perdido…não sei…vamos deixar o Dr. Sérgio opinar…ou mais alguém…

      Abraços!

    2. Conforme venho tratando em outras postagens, para analisar fotos é necessário contextualizar o momento em que elas foram tomadas.

      Nesse caso, vemos uma expressão coerente de raiva tanto na face superior, quanto na inferior.

      Quais são os indicadores?

      A numeração dos itens corresponde à indicada na foto.

      A. Face superior:
      – (1) Contração do corrugador do supercílio e prócero – resultado – rugas verticais entre as sombrancelhas;
      – (2) contração dos retratores da pálpebra inferior, que dão a tensão nessa parte do olho;

      B Face inferior:
      – (3) forte pressão nos lábios, com uma breve sucção (que pode indicar o desejo de conter a fala);
      – (4) contração do mento – resultado: rugas no queixo;
      – (5) Projeção do lábio inferior causada pelo depressor do lábio inferior, que pode indicar desprezo por quem fala ou dúvida sobre o que foi tratado. Totalmente coerente com raiva.

      Cameron

      Conjunto total: MUITA RAIVA!!!

      1. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

        Parabéns Tais, tais fera mesmo…

        Prof. Sérgio, obrigado pela excelente explicação. Muito boa! Principalmente pelos detalhes inseridos na foto.

  7. Edinaldo Rodrigues de Oliveira Junior

    Prezado Sérgio,

    Achei bem pertinente a foto (relacionado ao assunto citado neste artigo):
    http://veja.abril.com.br/assets/pictures/43511/cameron-audiancie000-size-598.jpg?1311161283

    Será que ele queria falar algo e não falou? rsrsrs

    Matéria: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/david-cameron-minha-funcao-agora-e-limpar-a-bagunca

    Dr. Sergio: teríamos medo também neste rosto? Se sim, poderiamos supor que ele não falou algo por medo…(só um hipótese).

    Abraços,

    Edinaldo Junior

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