Mentira: explorando a complexa realidade humana da dissimulação

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Essa é o centro do assunto: A MENTIRA. 

Veja:

Mentira e a experiência humana

Mentira e dissimulação, facetas complexas da experiência humana, atravessa as eras e culturas, desempenhando um papel de destaque nas interações sociais.

Mas o que exatamente é uma mentira? Como podemos compreendê-la em toda a sua complexidade?

Nesta postagem, mergulharemos no mundo da desonestidade, explorando suas várias dimensões e refletindo sobre sua presença nas nossas vidas cotidianas.

Por outro lado, vivemos em uma era de vigilância sem precedentes, onde os avanços tecnológicos oferecem a capacidade de monitorar e rastrear nossas ações e comunicações como nunca.

Como equilibramos a necessidade de monitoramento, seja para a segurança pública ou a proteção de dados, com o direito à liberdade e à privacidade individual? Essa é uma questão premente que exige um exame cuidadoso.

Além disso, consideraremos os perigos que podem estar ocultos nas pequenas mentiras do nosso dia a dia. Às vezes, essas mentiras parecem inofensivas, mas suas consequências podem ser mais profundas do que imaginamos, afetando relacionamentos, confiança e integridade pessoal.

Por fim, abordaremos as tecnologias de vigilância, que se tornaram uma parte inseparável do nosso mundo moderno. Como essas tecnologias moldam nossa sociedade e como podemos garantir que não ultrapassem os limites da privacidade individual?

Nesta jornada de exploração e reflexão, convidamos você a se aprofundar nos desdobramentos da mentira e dissimulação, sua relevância em nossa sociedade atual e os desafios que enfrentamos ao equilibrar a necessidade de monitoramento com os direitos fundamentais à liberdade e privacidade.

Afinal, compreender a complexa realidade da mentira é essencial para navegarmos pelo intricado tecido de nossa vida social e tecnológica.

O que é a mentira?

Muitas pessoas pensam que a mentira é simplesmente contar algo que não aconteceu. Não é bem assim. Para definir a mentira, são necessários, no mínimo, três elementos.

O que é mentir?

  • é alterar ou omitir alguma informação relevante;
  • é alterar a mensagem de forma consciente;
  • é ter um propósito nisso.

Mentir é alterar ou omitir informação essencial

Enganam-se aqueles que sustentam que omitir não é mentir. Dependendo da situação, a omissão é uma alteração, já que se pretende suprimir informação julgada importante.
Uma das principais características de uma mentira é a alteração da informação original. Alguém, por exemplo, diz que passou pela região “A” ao invés de admitir que lá não esteve.

Nesse caso, o seu destino foi alterado, o que é uma mentira. Além disso, a omissão também pode ser considerada um tipo de alteração da informação, quando a supressão for significativa para a compreensão da mensagem.

No contexto familiar, essas situações ficam mais difíceis. Sobre isso escrevi um artigo que explica o porquê das pessoas mentirem sem necessidade e no qual dou algumas sugestões sobre como você pode agir.

♦ EXEMPLO

Imagine que você precisa decidir sobre um assunto importante. Você está comprando um terreno e o vendedor “esquece” de dizer que há um processo na justiça sobre aquele imóvel. Essa omissão nega uma informação essencial. O vendedor faz isso, pois sabe que se revelar esse fato, você, provavelmente, desistirá da compra.

Mentir é um ato consciente

a-mentira-deve-ser-consciente-ibrale-450Outro elemento característico da mentira é que ela deve acontecer de forma consciente. Um psicótico que afirma ser Napoleão Bonaparte, e não tem dúvidas disso, não deve ser considerado um mentiroso. Nesse estado, é um doente.

Nesse contexto, muitas pessoas por nós consideradas mentirosas compulsivas perdem a consciência sobre as suas mentiras dado o estado de confusão, de sofrimento mental e de possíveis alterações em sua senso-percepção.

♦ FATO

Essas, em tese, não são pessoas mentirosas, ao invés disso estão doentes e precisam do devido tratamento, pois não têm plena consciência do que estão fazendo.

Além disso, é importante destacar que, na documentação para registro de psicodiagnóstico (DSM-V e CID-11) não há uma patologia chamada  “mentira” ou mitomania, como muitos gostam de se referir a essa condição. Mentir entra como característica e/ou critério diagnóstico que só ganha sentido acompanhado de outros indicadores.

♦ DICA

Mitomania é uma palavra que se popularizou no contexto da Psicanálise, mas não consta nos documentos de referência para o psicodiagnóstico.

Assista um vídeo que gravei para te explicar como lidar com essas situações:

Muitos mentirosos, que estão mais próximos, são nossos parentes e amigos. Esse tipo de mentira e dissimulação que estão bem perto de nós, na maioria das vezes, não ocorrem por que o mentiroso quer nos causar dano. Ele altera a informação pela sua própria incapacidade emocional de lidar com a verdade.

A mentira se orienta para um objetivo

a-mentira-se-orienta-a-um-objetivo-ibrale-450Em minha opinião, o terceiro requisito necessário para definir a mentira é o mais importante quando queremos identificar as mentiras que podem nos causar muito prejuízo. Normalmente, mesmo nas mentiras consideradas brandas, alguém as conta, pois tem o propósito de influenciar nossas decisões.

♦ EXEMPLO

É um filho que mente sobre o seu destino ou sobre os seus amigos para conseguir o carro emprestado por uma noite.

Igualmente intencional é a mentira do golpista que deseja vender um automóvel com problemas ou um imóvel com dívidas para alguma pessoa. Influenciar o processo decisório dos outros é a principal motivação das mentiras.

♦ DICA

Conseguir uma decisão, é isso que a maioria dos mentirosos deseja. Para conhecer mais sobre os golpes e como se proteger, veja a nossa série: RADIOGRAFIA DOS GOLPES.

Lembre-se de que não existe mentira inocente, pois cada mentira bem sucedida prepara o mentiroso para mentir mais e melhor!

Não existe mentira inocente

Agora que você já sabe o que é mentira, vamos tratar dos outros tópicos por meio de uma linha do tempo de nossas postagens sobre a mentira e dissimulação:

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