Lidar com o luto não é fácil. É um processo natural pelo qual todos devem passar ao lidar com a morte de um ente querido, a perda de um trabalho, o roubo de uma ideia, a perda de um objeto, ou seja, de algo ao qual estávamos emocionalmente apegados.
É uma experiência universal que envolve uma ampla gama de emoções, desde tristeza e raiva até culpa e desespero. O luto é uma resposta normal e natural à perda. É importantíssimo entendermos as mudanças físicas e emocionais que acompanham o luto para lidarmos, efetivamente, com seus efeitos.
O primeiro passo para entender o luto é reconhecer que ele é um processo. O luto não ocorre de uma só vez, mas se desenvolve em etapas. Esses estágios de luto podem incluir choque, negação, raiva, culpa, tristeza, aceitação e, finalmente, compreensão e esperança. Não há uma previsão sobre quanto tempo um dos estágios do luto pode durar.
As emoções associadas ao luto podem ser intensas e avassaladoras. Veja aqui o que são emoções: Linguagem corporal e emoções.
Para lidar com o luto, não importa a natureza positiva ou negativas das emoções experimentadas, é importante entendermos que elas são normais e necessárias para o seu processo. Também é importante estarmos atentos aos indicadores fisiológicos do luto, como a fadiga, a dificuldade para dormir, a dificuldade de concentração e certas alterações no apetite.
O luto difere para cada pessoa
Para lidar efetivamente com o luto, é importante reconhecermos que todos sofrem de maneira diferente. Algumas pessoas podem encontrar conforto conversando com amigos ou familiares, enquanto outras podem preferir ficar sozinhas. É importante estarmos cientes das diferentes formas de expressar o luto e respeitar o processo individual.
O luto leva o tempo que levar….
Por fim, é importante entender que o luto é um processo e leva tempo para que ocorra a ressignificação das experiências passadas e presentes. Não existe maneira certa ou errada de lamentar, e é importante reconhecer que a jornada de cada pessoa é única. Também é importante reconhecer que, embora o luto seja um processo difícil, também é uma parte importante do processo de cura.
Compreender o luto pode ajudar muito aqueles que estão sofrendo a lidar com sua perda. Ao reconhecermos as mudanças físicas e emocionais associadas ao lidar com o luto, respeitando o processo individual e dando tempo para a cura, podemos oferecer apoio e compaixão aos que estão sofrendo.
10 passos para lidar com o luto
1. Eduque-se sobre o tema do luto e seus estágios. Tudo começa admitindo que você precisa lidar com o luto. Fique atento ao fato de que não são importantes somente os aspectos cognitivos [a informação disponível], mas também os aspectos emocionais. Então, não limite a sua busca somente a “conhecer” sobre o luto.
2. Considere frequentar um grupo de apoio ao luto ou sessões de aconselhamento. Em muitos casos, não conseguimos lidar com o luto sozinhos.
3. Reconheça que todos vivenciam o luto de forma diferente. Isso ficará evidente quando você decidir compartilhar as suas experiências com as pessoas.
4. Permita-se experimentar a gama de emoções associadas ao luto. Isso pode abrir a oportunidade para você se conhecer melhor e descobrir novas estratégias para lidar com o luto.
5. Aceite que a dor pode durar mais tempo do que você gostaria. É o princípio da realidade! Saber que não temos controle sobre o término dos nossos processos emocionais é um indicador de sabedoria.
6. Encontre maneiras saudáveis de expressar sua dor. Essa estratégia ficará muito mais fácil se você estiver compartilhando suas experiências em um grupo.
7. Perceba que pedir ajuda não é um problema.
8. Saiba que o luto pode afetar sua saúde física e mental. Longos períodos de tristeza podem levar a quadros depressivos severos.
9. Reconheça que a dor pode ressurgir em determinados momentos.
10. Entenda não haver problema em encontrar a alegria novamente. Muitas das nossas experiências de tristeza podem ser reguladas pela culpa. Com o luto não é diferente. Então, no processo terapêutico é necessário considerar os sentimentos de culpa durante a ressignificação.
Boa leitura
Sergio Senna
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