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Câmeras nos policiais – polêmica à vista?

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Tempo de leitura: 3 min.

Será que colocar câmeras nos policiais será possível e amplamente utilizado no Brasil? É inegável que vivemos numa sociedade cada vez mais cheia de câmeras e do decorrente registro de imagens. Assim como tantos outros temas, há polêmicas nessa utilização.

Uma rede de televisão em Seattle levou quatro anos para conseguir os vídeos de um carro de polícia após um processo que tramitou na Suprema Corte dos EUA.

Nessa cidade norte-americana, oficiais de polícia passaram a utilizar câmeras em seus uniformes, o que tem promovido uma grande abertura das autoridades para essas novidades tecnológicas. O próprio departamento de polícia tem divulgado imagens dessas câmeras na Internet, tomando o cuidado para desfocar as pessoas e outros aspectos que possam identifica-las.

câmeras nos policiais

É a transparência levada ao extremo, afirma a política de relações públicas do Departamento de Polícia de Seattle.

Nesse contexto há, por um lado, o clamor popular pelo registro das abordagens policiais, por outro, o receio das autoridades em desnudar aquilo que há muito vem sendo velado: equívocos nas abordagens.

Apesar desse intenso debate, essas não são as únicas questões. Existem também os aspectos tecnológicos como a necessidade de equipamentos para fazer o registro e armazenagem de uma gigantesca quantidade de vídeos, por exemplo. Entretanto o avanço é rápido, pois as câmeras estão cada dia menores e as estratégias de compactação de vídeo permitem que mais horas de gravação sejam armazenadas em espaços que antes eram insuficientes.

Ao utilizar uma câmera em seu uniforme, o policial realiza o registro de todo o seu dia de trabalho. Suas respostas às ocorrências, a entrada na casa de pessoas, suas conversas com vítimas e criminosos etc. Ninguém pode duvidar que essas gravações são muito sensíveis e que deve haver um controle de sua divulgação. Afinal, são histórias reais de pessoas reais, muitas delas que se tornaram vítimas de criminosos e que t~em as suas próprias emoções registradas no momento em que estão mais intensas.

Um exemplo:

A ideia para o canal YouTube da Polícia de Seattle foi desenvolvida a partir de uma “hackathon” patrocinado pelo o departamento. A polícia havia recebido um grande pedido de registros públicos. Era Tim Clemans, um programador de computador autodidata que queria ver mais dos vídeos que rede de televisão havia solicitado anos antes.

Clemans retirou seus pedidos após o departamento convida-lo e outros para ajudar a chegar a uma melhor maneira de lidar com os vídeos. Clemans disse que levou uma ou duas horas para descobrir como aplicar o código que poderia criar uma máscara para preservar a privacidade dos envolvidos.

Isso permite que as pessoas vejam o geral das cenas, e fazer pedidos formais de, gravações originais sem borrões, se quiserem. Entretanto, o departamento ainda irá editar os vídeos para as respostas aos pedidos formais. O chefe de polícia afirma que o resultado poderá ser menos solicitações ou pedidos mais específicos e menores no futuro, poupando o tempo e dinheiro.

A própria pessoa pode assistir com os borrões e decidir se deseja solicitar uma parte do vídeo. Isso tornará os pedidos mais fáceis de serem atendidos.

No caso de Seattle, o departamento de polícia ainda está trabalhando com Clemans, bem como a Amazon Web Services e outros, para melhorar o software e a entrega dos vídeos.

O Portal R7 noticiou que a Polícia Militar de São Paulo iniciou o uso de 500 câmeras nos policiais durante o patrulhamento desde o dia 1º de agosto de 2020. Inicialmente, os equipamentos serão acoplados aos uniformes de PMs de batalhões da capital paulista (11º, 13º e 37º Batalhão de Polícia Militar/Metropolitano). 

Esse tipo de inciativa é muito importante para dar transparência a uns dos trabalhos estatais mais difíceis de controlar e, como é óbvio, uns dos mais sujeitos à corrupção. Imagino que, no Brasil, colocar uma câmera em cada policial seria um feito hercúleo. Mas sem dúvida alguma as imagens serão esclarecedoras quando a questão for a busca pela verdade.

O que você pensa sobre isso?

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Um abraço

Sergio Senna

Link para o projeto de Seattle (em inglês)

 


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Formato Documento Eletrônico (ABNT)

PIRES, Sergio Fernandes Senna. [content field=”title”]. Instituto Brasileiro de Linguagem Emocional. Disponível em < https://ibralc.com.br/cameras-nos-policiais/> . Acesso em 3 May 2024.

Formato Documento Eletrônico (APA)

Pires, Sergio Fernandes Senna. (2021). [content field=”title”]. Instituto Brasileiro de Linguagem Emocional. Recuperado em 3 May 2024, de https://ibralc.com.br/cameras-nos-policiais/.

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