As expressões faciais desempenham diversas funções para os seres humanos. Uma das mais importantes é a comunicação de estados emocionais que não são expressos verbalmente.
Desde pequenos aprendemos a observar a face das pessoas e a interpretar suas emoções. Daí podemos “prever”, com mais precisão, os possíveis comportamentos de nossos interlocutores. Qualquer criança de mais de dois anos já faz isso, algumas até mesmo antes….
Forjar certas expressões faciais também pode ajudar alguns a manipularem as ações alheias, o que também, em muitos casos, se aprende bem cedo….
Devido à decorrente importância de identificarmos as expressões faciais que podem nos ajudar a prever o comportamento das pessoas e, ao longo do tempo, foram sendo criados métodos para descrever a ação facial, que identificam a musculatura facial e a possível intensidade desses movimentos. Além disso, alguns métodos relacionam os movimentos faciais a certas emoções específicas.
Expressões faciais – medição e interpretação
O método mais famoso é o F.A.C.S. (Facial Action Coding System). Entretanto, existem diversos métodos com os criados por: Birdwhistell (1952), Blurton-Jones (1971) e Young & Dacarie (1977) entre vários outros.
“Medir” as expressões faciais é válido?
Muitas pessoas questionam a utilidade desses métodos fora do contexto científico, uma vez que não há uma relação direta entre a intensidade de uma emoção e a intensidade da expressão facial. Alguém pode estar extremamente triste (com a morte de um parente, por exemplo) e não apresentar sinais tão evidentes desse sofrimento em sua face.
Além disso, mensurar com rigor os movimentos faciais é de utilidade questionável nas aplicações cotidianas, entretanto, é extremamente válido quando existe o interesse científico de comparação desses mesmos movimentos faciais.
Um abraço e prossiga em seu estudo
Sergio Senna
Referênicas
Birdwistell, R. (1952). Introdution to kinesics. Washington: University of Louisville.
Blurton-Jones, N.G. (1971). Criteria for use in describing facial expressions in children, Human Biology, 41, 365-413.
Young, G. & Dacarie, T.G. (1977) An ethology-based catalogue of facial/vocal behaviors in infancy. Animal Behavior, 25(1), 95-107.
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gostaria de saber mais sobre o Curso: Microexpressões e Emoções na Face, não encontrei um email para contato no site de vocês
Olá Dr. Sérgio!!
Parabéns por mais este artigo! Achei interessante que o mesmo aborda princípio básicos, porém, de extrema importância, como sempre, em uma linguagem acessível.
O que me chamou a atenção foi tocar no assunto sobre a aplicabilidade da análise facial na área científica e na “área” pessoal, este ponto sempre é gerador de debate e dá muito “pano pra manga” rsrsrsrs
Abraço,
Edinaldo Oliveira
Olá Edinaldo, obrigado.
Minha intenção foi chamar atenção para o fato de que, na observação que utilizamos na vida real, não é necessário o mesmo rigor científico.
Além disso, não basta “mensurar” é necessário dispor de um referencial interpretativo seguro para que possamos fazer uma utilização proveitosa de nossas observações.
Afinal de contas, existe muita gente interessada na predição do comportamento.
Um abraço
Sergio Senna