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Críticas à Programação Neurolinguística

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Tempo de leitura: 3 min.

Nesse novo artigo do Portal IBRALE, apresentamos para você algumas considerações e uma coletânea de estudos sobre o que anda sendo ensinado e sobre as críticas à Programação Neurolinguística. Nesse contexto, já escrevi matérias para esclarecer sobre:

 

O que é a Programação Neurolinguística?

Richard Bandler (1996), co-criador da Programação Neurolinguística (PNL), define a PNL como: “o estudo da estrutura da experiência subjetiva e o que pode ser calculado a partir disso”. Segundo o seu ponto de vista, a PNL pode ser usada para entender e melhorar a comunicação, o pensamento, o comportamento e a saúde.

Sob um olhar mais crítico, essa definição é muito ampla e parece sair de composição entre:

(1) A conhecida descrição do campo de estudo da fenomenologia, que se ocupa com a compreensão da estrutura da experiência consciente e a maneira como ela pode ser usada para construir conhecimento significativo. Procura revelar a natureza fundamental da experiência e sua relação com a realidade.

(2) Algum tipo de abordagem (pseudo)científica que transmita a ideia de alguma objetividade que possa ajudar a “calcular” a experiência subjetiva.

 

criticas-a-programacao-neurolinguisticaQuem criou a programação Neurolinguística?

A Programação Neurolinguística (PNL) foi criada por Richard Bandler e John Grinder na década de 1970. Os defensores da PNL argumentam ser uma abordagem utilizada de desenvolvimento pessoal e psicoterapia que usa uma variedade de técnicas para ajudar as pessoas a melhorarem a sua comunicação, a compreensão e o estabelecimento de metas.

Richard Bandler é considerado o co-criador da Programação Neurolinguística. Ele escreveu vários livros sobre o assunto, sendo conhecido por seu trabalho na área. Manteve diversos cursos e prestou consultoria a indivíduos, organizações e empresas nas áreas de educação, saúde, negócios e direito. Ele é o fundador da “Society of Neuro-Linguistic Programming”, uma organização internacional de treinamento, e autor de vários livros sobre o assunto.

John Grinder é outro cocriador da Programação Neurolinguística. Ele escreveu vários livros e desenvolveu técnicas para ajudar as pessoas a melhorar sua comunicação e compreensão.

A partir do trabalho dessas pessoas, a PNL se difundiu de variadas formas e se tornou um lucrativo negócio.

 

Quais são as principais críticas à Programação Neurolinguística?

A seguir, o que os críticos apontam sobre a Programação Neurolinguística (e.g. Greif, 2022; Passmore & Rowson, 2019; Roderique‐Davies, 2009):

1. Não é baseada em evidências científicas: Os críticos argumentam que a PNL não é apoiada por evidências científicas e suas suposições subjacentes não são comprovadas. Misturas entre teorias distintas são realizadas sem o compromisso de articular suas origens.

2. É muito vaga: Os críticos afirmam que a PNL é muito vaga e mal definida e que seus conceitos não são claramente articulados.

3. A PNL é uma pseudociência: Com base no apresentado nos itens 1 e 2, os críticos sugerem que a PNL é uma forma de pseudociência, pois faz afirmações que não têm suporte em evidências empíricas.

4. Pode oferecer riscos: Os críticos apontam que algumas técnicas de PNL podem ser perigosas, pois podem ser usadas para manipular e controlar as pessoas.

 

Seguindo o compromisso IBRALE de oferecer conhecimento científico de qualidade e de forma descomplicada, abaixo você verá uma lista dos nossos mais relevantes artigos sobre os temas acima listados.

Assista os vídeos e leia as matérias que ajudarão a entender os principais mitos propagados em nome da PNL.

 

Vídeos sobre Programação Neurolinguística



 

Artigos do IBRALE sobre PNL

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Bom estudo e visite as seções do Portal IBRALE!

Sergio Senna

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Referências

Bandler, R., & Grinder, J. (1996). Design Human Engineering. Moab, UT: Meta Pubns.

Greif, S. (2022). Pseudoscience and Charlatanry in Coaching. In International Handbook of Evidence-Based Coaching: Theory, Research and Practice (pp. 755-772). Cham: Springer International Publishing.

Passmore, J., & Rowson, T. S. (2019). Neuro-linguistic-programming: a critical review of NLP research and the application of NLP in coaching. International Coaching Psychology Review14(1), 57-69.

Roderique‐Davies, G. (2009). Neuro‐linguistic programming: cargo cult psychology?. Journal of applied research in higher education.

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