Pular para o conteúdo
IBRALE | Socioemocional » Conhecimento Básico » Os riscos da pseudociência na justiça e na segurança pública

Os riscos da pseudociência na justiça e na segurança pública

Compartilhe:
Tempo de leitura: 9 min.

Recentemente, uma quantidade maior de acadêmicos vêm fazendo alertas sobre os riscos da pseudociência na interpretação do comportamento não verbal no contexto da justiça e da segurança pública.

Em 2020, 51 autores (Denault et al., 2020)  se reuniram para realizar um levantamento sobre esses riscos da pseudociência e redigiram um relatório. Em minha opinião, esse estudo também serve de manifesto sobre o cuidado que devemos ter quando a difusão de estudos científicos e quanto à apropriação equivocada dos seus resultados na aplicação prática. Sobre isso, venho há mais de uma década me dedicando à explicação dos mitos que foram surgindo e que tiveram a sua origem em estudo científicos.

Nesse trabalho, os 51 autores explicam que , para profissionais de segurança pública e justiça (por exemplo, policiais, advogados, juízes), os milhares de artigos revisados ​​por pares sobre comunicação não verbal representam importantes fontes de conhecimento. No entanto, apesar da abrangência do trabalho científico realizado sobre o assunto, os profissionais podem recorrer a programas, métodos e abordagens que não refletem o estado da ciência.

No mencionado artigo, eles examinaram:

(1) os conceitos de comunicação não verbal veiculados por esses programas, métodos e abordagens, mas também;

(2) as consequências de seu uso (por exemplo, na vida ou na liberdade dos indivíduos).

Para atingir esses objetivos, eles fizeram uma revisão da pesquisa científica sobre comunicação não verbal e examiram, em detalhes:

      • O Programa SPOT – Triagem de Passageiros por Técnicas de Observação;
      • O método BAI – Entrevista de Análise do Comportamento;
      • A Sinergologia, que é uma abordagem.

Eles também elencam cinco hipóteses para explicar por que algumas organizações nas áreas de segurança e justiça estão recorrendo à pseudociência e às técnicas pseudocientíficas. Devido à natureza apenas informativa de nossos artigos de divulgação, não entraremos em detalhes sobre esses tópicos, que serão tratados em artigos individuais em futuro próximo.

 

Não é fácil identificar a mentira e pegar mentirosos

Assim como venho indicando há mais de uma década, esse estudo aponta para as dificuldade em identificar a mentira e pegar mentirosos por meio da observação do comportamento não verbal. Sobre isso consulte os seguinte artigos de minha autoria:

Não existe um único e definitivo sinal da mentira; (2011)

Mentira branca: existe isso? (2018)

Não existe mentira inocente! (2014)

Entenda a Programação Neurolinguística (2012)

Você identifica a mentira pelo movimento dos olhos? (artigo original de 2013, revisado em 2021)

Sobre os mesmos temas, a opinião dos autores (Denault et al., 2020, p.1) é a seguinte:

A mentira não pode ser detectada de relance, como muitas vezes se afirma na Internet. A crença de que evitar o olhar permite a detecção de mentiras é um equívoco generalizado (The Global Deception Research Team, 2006). Assim como as expectativas irreais do público em relação à ciência forense (Chin & Workewych, 2016), a comunicação não verbal sofreu com sua popularidade em séries de televisão (por exemplo, Lie to Me) e outras mídias populares (Levine, Serota, & Shulman, 2010; Vrij , Granhag, & Porter, 2010). De fato, estudiosos que têm experiência científica em detecção de mentiras (e verdades) concordam que não existem comportamentos não-verbais presentes em todos os mentirosos e ausentes em todas as pessoas que dizem a verdade. Não existem comportamentos não verbais indicativos do ato de enganar, como o nariz de Pinóquio (DePaulo et al., 2003; Vrij, 2008). Além disso, quando expressões faciais e gestos são documentados como tendo uma ligação com a mentira, essa ligação é tipicamente fraca (DePaulo et al., 2003; Vrij et al., 2017) e muitas vezes mediada por variáveis ​​situacionais (Sporer & Schwandt, 2006, 2007). Em outras palavras, embora não seja uma bala de prata, a análise dos comportamentos não verbais de um indivíduo pode ser baseada no conhecimento publicado em revistas científicas revisadas por pares. De fato, pesquisas conduzidas pela comunidade internacional de acadêmicos com experiência científica em comunicação não verbal podem informar a compreensão de uma ampla gama de comportamentos humanos (Burgoon et al., 2010; Knapp et al., 2014; Moore et al., 2014; Patterson, 2011).

 

O conhecimento disponível para a população é confiável?

Nos treinamentos que ministro, venho promovendo uma visão crítica nos alunos sobre o que vão encontrar, cursos que serão oferecidos por pessoas não qualificadas e literatura sobre linguagem corporal que nada mais é do que cópia de livros anteriormente publicados…. e também sobre o riscos do uso da pseudociência como estratégia de autoridade na comunicação persuasiva.

Os autores do estudo, sobre a questão da confiabilidade dos livros e treinamentos oferecidos por muitas pessoas são da seguinte opinião (Denault et al., 2020, p.2):

Infelizmente, conceitos dúbios sobre comunicação não-verbal são amplamente divulgados, principalmente na Internet e em livros voltados para o público em geral, assim como em seminários e conferências (coisas do tipo: “a linguagem corporal nunca mente”). O uso de tais conceitos pode ter consequências negativas e talvez até desastrosas (Denault, 2015; Kozinski, 2015; Lilienfeld & Landfield, 2008). Por exemplo, profissionais de segurança e justiça que não estão familiarizados com o processo de “revisão por pares” podem ser induzidos a acreditar que esses conceitos duvidosos são científicos e lhes conferem uma autoridade totalmente injustificada (Jupe & Denault, 2018). Como demonstraremos, a confiança em tais conceitos é fundamentalmente equivocada, pois as decisões dos profissionais de segurança e justiça podem ser distorcidas e prejudicar a vida ou a liberdade dos indivíduos. [grifos nossos]

 

Quais são os motivos pelos quais as pessoas consomem pseudociência? Quais são os riscos da pseudociência?

Os autores levantam alguns desses motivos:

As razões para crenças irracionais têm sido objeto de extensa literatura científica. As habilidades de pensamento crítico das pessoas, ideologias políticas e religiosas, bem como habilidades cognitivas e conhecimento científico são algumas dessas razões (Bensley & Lilienfeld, 2017; Bensley, Lilienfeld, & Powell, 2014; Boudry, Blancke, & Pigliucci, 2015; Bronstein , Pennycook, Bear, Rand, & Cannon, 2018; Gauchat, 2012; Majima, 2015; Nisbet, Cooper e Garrett, 2015; Pennycook, Cheyne, Barr, Koehler, & Fugelsang, 2015; Pennycook & Rand, 2018; Shen & Gromet, 2015). Mas por que algumas organizações nas áreas de segurança e justiça recorrem à pseudociência e às técnicas pseudocientíficas? Para uma comunidade científica internacional que publicou milhares de artigos revisados sobre comunicação não verbal, pode parecer surpreendente que essas organizações adotem programas, métodos e abordagens que, à primeira vista, parecem científicos, mas, na realidade, não são. Oferecemos cinco hipóteses sobre por que algumas organizações recorrem à pseudociência.

Então, eles apresentam cinco razões, que vamos sintetizar na lista a seguir:

As organizações têm problemas reais para resolver… Então se aparece alguém alegando ter desenvolvido um método que resolve o problema, a tentação de testar tal abordagem é bem grande;

Nem todos os decisores possuem habilidades para discernir o que realmente é conhecimento científico;

Muitos decisores ignoram a importância da ciência;

Os riscos da  pseudociência são subestimados pelas organizações que a adotam;

Uma parte é responsabilidade dos próprios pesquisadores. Sobre isso argumentam (Denault et al., 2020, p.8):

Finalmente, quando as organizações nas áreas de segurança e justiça têm expectativas irreais decorrentes de séries de televisão e outros meios de comunicação populares, e se voltam para a pseudociência, parte da responsabilidade recai sobre a comunidade científica internacional (Colwell, Miller, Miller, & Lyons, 2006; Denault & Jupe, 2017). De fato, “o processo científico não para quando os resultados são publicados em um periódico revisado por pares. Uma comunicação mais ampla também está envolvida, e isso inclui garantir não apenas que as informações (incluindo incertezas) sejam compreendidas, mas também que informações erradas e erros sejam corrigidos quando necessário” (Williamson, 2016, p. 171).

Sobre os riscos da pseudociência, faz mais de uma década que venho argumentando que séries televisivas são boas para entretenimento. Argumento há tempo, também, que análise de comportamentos de artistas, políticos e atletas, principalmente as realizadas por pessoas sem qualquer formação científica, também são formas de entretenimento.

Essas análises não rara vezes expõem as pessoas ao ridículo, levantam hipóteses sobre suas emoções e outros comportamentos privados. Normalmente essa exposição do sujeito é feita por pessoas sem qualquer preparo real.

Uma pessoa bem preparada, com conhecimento científico e ético não realiza análises públicas. O Código de Ética da Psicologia, por exemplo, proíbe que um psicólogo participe de análises de comportamento de pessoas específicas nos meios de comunicação. Isso me parece os freak shows do Séc. XIX, repaginados. Naquela época, era comum que pessoas com deformidades fossem expostas para que a população as visse. Hoje, temos o Youtube e outras redes para realizar a mesma tarefa.

ibrale-riscos-da-pseudociencia-justica-seguranca-publica-linguagem-corporal

Venho também me dedicando há muito tempo ao esclarecimentos dos mitos, dos riscos da pseudociência, que surgem a partir de trabalhos científicos. Para aprofundar nas minhas argumentações e nos exemplos veja:

Mitos sobre Linguagem Corporal

E sobre o mito mais conhecido e mundialmente difundido – que 93% da comunicação é não verbal:

O 93% não verbal da comunicação é verdade?

 

Palavras finais sobre os riscos da pseudociência no contexto da justiça e da segurança pública

Entendo que os autores terminaram de forma magistral o seu texto e aqui transcreverei, concordando integralmente com suas argumentações (Denault et al., 2020, p.8):

Embora algumas organizações de segurança e justiça ainda estejam se voltando para a pseudociência, outras já deixaram de lado programas, métodos e abordagens que não refletem o estado da arte no campo científico. Em várias organizações, os pesquisadores já estão trabalhando em estreita colaboração com profissionais de segurança e justiça para implementar práticas baseadas em evidências (por exemplo: Center for Research and Evidence on Security Threats, Reino Unido; High-Value Detainee Interrogation Group, Estados Unidos). Portanto, esperamos que nosso artigo inspire todas as organizações, independentemente da importância que atribuem atualmente à pesquisa científica, a refletir mais sobre os perigos da pseudociência e a importância da ciência nos contextos de segurança e justiça. Além disso, esperamos que encoraje as organizações de segurança e justiça a iniciar ou continuar trabalhando com a comunidade internacional de acadêmicos que possuem experiência científica em comunicação não verbal e detecção de mentiras (e verdades) para desenvolver práticas baseadas em evidências. Também esperamos que os pesquisadores vejam nosso artigo como um convite para aumentar as oportunidades de divulgar seu trabalho científico, promover o método científico e se envolver com profissionais de segurança e justiça para limitar o uso da pseudociência.

Não assuma os riscos da pseudociência na sua prática profissional. 

Boa leitura

Sergio Senna

 

Referências

Chin, J.M., & Workewych, L. (2016). The CSI effect. In M. Dubber (Ed.), Oxford handbooks online. New York, NY: Oxford University Press.

Bensley. D. A., & Lilienfeld, S. O. (2017). Psychological misconceptions: Recent scientific advances and unresolved issues. Current Directions in Psychological Science, 26, 377-382. https://doi.org/10.1177/0963721417699026

Bensley, D. A., Lilienfeld, S., & Powell, L. A. (2014). A new measure of psychological misconceptions: Relations with academic background, critical thinking, and acceptance of paranormal and pseudoscientific claims. Learning and Individual Differences, 36, 9-18. https://doi.org/10.1016/j.lindif.2014.07.009

Boudry, M., Blancke, S., & Pigliucci, M. (2015). What makes weird beliefs thrive? The epidemiology of pseudoscience. Philosophical Psychology, 28, 1177-1198. https://doi.org/10.1080/09515089.2014.971946

Bronstein, M. V., Pennycook, G., Bear, A., Rand, G., & Cannon, T. D., (2018). Belief in fake news is associated with delusionality, dogmatism, religious fundamentalism, and reduced analytic thinking. Journal of Applied Research in Memory and Cognition. Advance online publication. https://doi.org/10.1016/j.jarmac.2018.09.005

Burgoon, J. K., Guerrero, L. K., & Floyd, K. (2010). Nonverbal communication. Boston, MA: Pearson.

Colwell, L. H., Miller, H. A., Miller, R. S., & Lyons, P. M. (2006). US police officers’knowledge regarding behaviors indicative of deception: Implications for eradicating erroneous beliefs through training. Psychology, Crime & Law, 12, 489-503. https://doi.org/10.1080/10683160500254839

Denault, V. (2015). Communication non verbale et crédibilité des témoins [Nonverbal communication and the credibility of witnesses]. Cowansville, Montreal: Yvon Blais.

Denault, V., & Jupe, L. M. (2017). Justice at risk! An evaluation of a pseudoscientific analysis of a witness’ nonverbal behavior in the courtroom. Journal of Forensic Psychiatry & Psychology, 29, 221-242. https://doi.org/10.1080/14789949.2017.1358758

Denault, V., Plusquellec, P., Jupe, L. M., St-Yves, M., Dunbar, N. E., Hartwig, M., Sporer, S. L., Rioux-Turcotte, J., Jarry, J., Walsh, D., Otgaar, H., Viziteu, A., Talwar, V., Keatley, D. A., Blandón-Gitlin, I., Townson, C., Deslauriers-Varin, N., Lilienfeld, S. O., Patterson, M. L., . . . van Koppen, P. J. (2020). The analysis of nonverbal communication: The dangers of pseudoscience in security and justice contexts. Anuario de Psicología Jurídica, 30(1), 1–12.

DePaulo, B. M., Lindsay, J. J., Malone, B. E., Muhlenbruck, L., Charlton, K., & Cooper, H. (2003). Cues to deception. Psychological Bulletin, 129, 74-112. https://doi.org/10.1037/0033-2909.129.1.74

Gauchat, G. (2012). Politicization of science in the public sphere: A study of public trust in the United States, 1974 to 2010. American Sociological Review, 77, 167-187. https://doi.org/10.1177/0003122412438225

Jupe, L. M., & Denault, V. (2018). Science or pseudoscience? A distinction that matters for police officers, lawyers and judges. Manuscript submitted for publication.

Knapp, M. L., Hall, J. A., & Horgan, T. G. (2014). Nonverbal communication in human interaction. Boston, MA: Wadsworth.

Kozinski, A. (2015). Criminal law 2.0. Georgetown Law Review, 44, iii-xliv

Levine, T. R., Serota, K. B., & Shulman, H. C. (2010). The impact of Lie to Me on viewers’ actual ability to detect deception. Communication Research, 37, 847-856. https://doi.org/10.1177/0093650210362686

Lilienfeld, S. O., & Landfield, K. (2008). Science and pseudoscience in law enforcement: A user-friendly primer. Criminal Justice and Behavior, 35, 1215-1230. https://doi.org/10.1177/0093854808321526

Majima, Y. (2015). Belief in pseudoscience, cognitive style and science literacy. Applied Cognitive Psychology, 29, 552-559. https://doi.org/10.1002/acp.3136

Moore, N.-J., Hickson, M., & Stacks, D. W. (2014). Nonverbal communication: Studies and applications. Oxford, UK: Oxford University Press

Nisbet, E. C., Cooper, K. E., & Garrett, R. K. (2015). The partisan brain: How dissonant science messages lead conservatives and liberals to (dis)trust science. The Annals of the American Academy of Political and Social
Science, 658(1), 36-66. https://doi.org/10.1177/0002716214555474

Patterson, M. L. (2011). More than words: The power of nonverbal communication: Barcelona, España: Editorial Aresta.

Pennycook, G., Cheyne, J. A., Barr, N., Koehler, D. J., & Fugelsang, J. A. (2015). On the reception and detection of pseudo-profound bullshit. Judgment and Decision Making, 10, 549-563.

Pennycook, G., & Rand, D. G., (2018). Lazy, not biased: Susceptibility to partisan fake news is better explained by lack of reasoning than by motivated reasoning. Cognition. Advance online publication. https://doi.org/10.1016/j.cognition.2018.06.011

Shen, F. X., & Gromet, D. M. (2015). Red states, blue states, and brain states: Issue framing, partisanship, and the future of neurolaw in the United States. The ANNALS of the American Academy of Political and Social Science658(1), 86-101.

Sporer, S. L., & Schwandt, B. (2006). Paraverbal indicators of deception: A meta-analytic synthesis. Applied Cognitive Psychology, 20, 421-446. https://doi.org/10.1002/acp.1190

Sporer, S. L., & Schwandt, B. (2007). Moderators of nonverbal indicators of deception: A meta-analytic synthesis. Psychology, Public Policy, and Law, 13(1), 1-34. https://doi.org/10.1037/1076-8971.13.1.1

The Global Deception Research Team. (2006). A world of lies. Journal of Cross-Cultural Psychology, 37(1), 60-74. https://doi.org/10.1177/0022022105282295

Vrij, A. (2008). Detecting lies and deceit: Pitfalls and opportunities. Chichester, UK: Wiley.

Vrij, A., Granhag, P. A., & Porter, S. (2010). Pitfalls and opportunities in
nonverbal and verbal lie detection. Psychological Science in the Public
Interest, 11, 89-121. https://doi.org/10.1177/1529100610390861

Vrij, A., Meissner, C. A., Fisher, R. P., Kassin, S. M., Morgan III, C. A., & Kleinman, S. M. (2017). Psychological perspective on interrogation. Perspectives on Psychological Science, 12, 927-955. https://doi.org/10.1177/1745691617706515

Williamson, P. (2016). Take the time and effort to correct misinformation. Nature, 540(7632), 171. https://doi.org/10.1038/540171a

 


Como eu acho o IBRALE no Telegram ou no Instagram?

IBRALE nas Redes

canal-ibrale-no-telegram-1

 

 

ibrale-testes-linguagem-corporal

 


Como citar este artigo?

Formato Documento Eletrônico (ABNT)

PIRES, Sergio Fernandes Senna. Os riscos da pseudociência na justiça e na segurança pública. Instituto Brasileiro de Linguagem Emocional. Disponível em < https://ibralc.com.br/os-riscos-da-pseudociencia-na-justica-e-na-seguranca-publica/> . Acesso em 24 Apr 2024.

Formato Documento Eletrônico (APA)

Pires, Sergio Fernandes Senna. (2022). Os riscos da pseudociência na justiça e na segurança pública. Instituto Brasileiro de Linguagem Emocional. Recuperado em 24 Apr 2024, de https://ibralc.com.br/os-riscos-da-pseudociencia-na-justica-e-na-seguranca-publica/.

Deixe o seu comentário

Deixe sua opinião - Seja educado - Os comentários são moderados